Design e construção
A Northwestern Mutual Life Insurance Company de Milwaukee, Wisconsin, investiu em grande escala nas indústrias de ferro e minerais, incluindo na construção do Edmund Fitzgerald, que representou o primeiro investimento da história de uma companhia de seguros de vida estadunidense em algo do tipo. Em 1957 eles contrataram a Great Lakes Engineering Works (GLEW), de River Rouge, Michigan, para projetar e construir o navio "com um pé a menos do que o comprimento máximo permitido para passagem no futuro Canal de São Lourenço." O valor do navio na época era de sete milhões de dólares americanos (equivalente a 48,8 milhões em 2018). O Edmund Fitzgerald foi o primeiro lake freighter a ser construído com o tamanho máximo do padrão seawaymax, com 222,5 m de comprimento, 22,9 m de largura e um calado de 7,6 m. Seu pontal (a altura vertical do casco) tinha 12 m. O pontal interno (em inglês, depth of hold — a altura interna do local de transporte de carga) era de 10,16 m. Em 7 de agosto do mesmo ano, a GLEW instalou o primeiro prato de quilha no navio em construção.
Com uma capacidade de porte bruto de 26 mil toneladas de deslocamento (29 120 toneladas curtas; 26 4172 toneladas) e com um casco de 222 metros, o Edmund Fitzgerald era o navio mais longo dos Grandes Lagos, o que lhe valeu o título de "Queen of the Lakes" até 17 de setembro de 1959, quando foi lançado o SS Murray Bay, também com 222,5 m. Os três compartimentos centrais de transporte de carga do Edmund Fitzgerald eram carregados através de 21 escotilhas estanques, cada uma com 3,4 por 14,6 m de espessura e 7,9 mm de aço. Originalmente utilizadas para queimar carvão, suas caldeiras foram convertidas para queimar óleo durante o inverno de 1971-72. Em 1969 a manobrabilidade do navio foi melhorada, com a instalação de um propulsor de proa movido a diesel.
Para os padrões dos navios de carga de minério, o interior do Edmund Fitzgerald era luxuoso. Seus móveis, projetados pela companhia J.L. Hudson, incluíam carpetes felpudos, banheiros azulejados, cortinas sobre as vigias e cadeiras giratórias de couro no salão dos hóspedes. Tinha dois quartos de hóspedes, para os passageiros. O ar condicionado estendia-se aos alojamentos da tripulação, que apresentavam mais amenidades do que o habitual. Uma grande cozinha e despensa totalmente equipadas forneciam refeições para duas salas de jantar. A ponte de comando do Edmund Fitzgerald foi aparelhada com "equipamentos náuticos de última geração e uma bela sala de mapas".